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terça-feira, 7 de maio de 2024

P O R C Â T ? - parte 01

 

PORCÂT?



byJTorquato/maio/2020.

Não me lembro de ontem, nem sei como vim parar aqui, mas sei que minha mamãe é diferente de mim, ela é grandona, fica ereta em suas duas patas, tem pelos compridos lindos na cabeça, olhos maravilhosos e um coração grande, tem umas cores lindas em seu redor, chamo-a de mamãe linda, porque é, não é todo humano que é lindo assim.

Me dava umas águas ruins para eu beber, e eu tinha certeza que era para meu bem, não faltava carinho e muita comida no depósito para eu comer, era de uma ternura alucinante, eriçava meus pelos quando acariciava minha cabeça e minhas orelhas, eu ronronava baixo e macio, miava e deitava a cabeça em seu colo, dormia...

Um dia, pegaram minha linda mãezinha e colocaram numa caixa, nãonas caixas de brinquedo que mamãe nos dava, mas numa caixa grande, de depois impiedosamente fecharam a caixa com um barulho infernal. Aliás, barulho era a marca daqueles humanos que viviam em torno dela. Pegara a caixa pelos lados e vários humanos masculinos saíram levando minha linda mãezinha, dolorosamente solitária e fechada naquela maldita caixa. Eu fui olhar, e eles colocaram naquele negocio que anda sozinho, tem rodas e faz um barulho dos infernos.

Eu tinha certeza que nunca mais eu ia ver minha linda e terna mãezinha.

Tentei agradar um dos humanos cumprimentando-os, roçando suas patas vestidas com pano. Senti uma forte dor no estômago, fui jogada contra a parede e cai no chão, gritei, chorei, sai correndo apavorada e me escondi debaixo do fogão. Eles me acharam e colocaram-me junto com meus amigos, numa caixa e também fecharam a caixa, sendo esta bem menor que a caixa onde minha mãe estava.

Quando abrimos a caixa para fugir, notamos que já era noite, estávamos com sede e com fome, tinha passado a hora de nossa mãezinha colocar os alimentos nas bacias, e água também, sentimos a falta dela nos chamando para comer. Fazendo caretas e barulhinhos esquisitos e falando macio para nós. Fazia frio, a fome, o frio, a sede, o medo tomou conta de todos nós. Saímos a caçar algo para beliscar, era um lugar esquisito, fedia a lama e a excremento humano, era úmido e descobrimos água para beber, mas era escura e pastosa, mas nossa sede era maior, havia muitas baratas e fizemos a festa.

Nós saímos mais para longe sempre a caçar mais comida, não contávamos que o troço que anda com rodas e barulhento era também nosso inimigo, e numa tacada só, passou por cima de vários de nós, eu fui atingida, mas sai capengando, aí apareceu um lindo humano pequeno, filhote, que veio me salvar.

Pegou-me, me acariciou, e me jogou contra um poste de Luz, apaguei.

 

FIM DA PARTE UM

 

PORCÂT?

byJTorquato/maio/2020.

Não me lembro de ontem, nem sei como vim parar aqui, mas sei que minha mamãe é diferente de mim, ela é grandona, fica ereta em suas duas patas, tem pelos compridos lindos na cabeça, olhos maravilhosos e um coração grande, tem umas cores lindas em seu redor, chamo-a de mamãe linda, porque é, não é todo humano que é lindo assim.

Me dava umas águas ruins para eu beber, e eu tinha certeza que era para meu bem, não faltava carinho e muita comida no depósito para eu comer, era de uma ternura alucinante, eriçava meus pelos quando acariciava minha cabeça e minhas orelhas, eu ronronava baixo e macio, miava e deitava a cabeça em seu colo, dormia...

Um dia, pegaram minha linda mãezinha e colocaram numa caixa, nãonas caixas de brinquedo que mamãe nos dava, mas numa caixa grande, de depois impiedosamente fecharam a caixa com um barulho infernal. Aliás, barulho era a marca daqueles humanos que viviam em torno dela. Pegara a caixa pelos lados e vários humanos masculinos saíram levando minha linda mãezinha, dolorosamente solitária e fechada naquela maldita caixa. Eu fui olhar, e eles colocaram naquele negocio que anda sozinho, tem rodas e faz um barulho dos infernos.

Eu tinha certeza que nunca mais eu ia ver minha linda e terna mãezinha.

Tentei agradar um dos humanos cumprimentando-os, roçando suas patas vestidas com pano. Senti uma forte dor no estômago, fui jogada contra a parede e cai no chão, gritei, chorei, sai correndo apavorada e me escondi debaixo do fogão. Eles me acharam e colocaram-me junto com meus amigos, numa caixa e também fecharam a caixa, sendo esta bem menor que a caixa onde minha mãe estava.

Quando abrimos a caixa para fugir, notamos que já era noite, estávamos com sede e com fome, tinha passado a hora de nossa mãezinha colocar os alimentos nas bacias, e água também, sentimos a falta dela nos chamando para comer. Fazendo caretas e barulhinhos esquisitos e falando macio para nós. Fazia frio, a fome, o frio, a sede, o medo tomou conta de todos nós. Saímos a caçar algo para beliscar, era um lugar esquisito, fedia a lama e a excremento humano, era úmido e descobrimos água para beber, mas era escura e pastosa, mas nossa sede era maior, havia muitas baratas e fizemos a festa.

Nós saímos mais para longe sempre a caçar mais comida, não contávamos que o troço que anda com rodas e barulhento era também nosso inimigo, e numa tacada só, passou por cima de vários de nós, eu fui atingida, mas sai capengando, aí apareceu um lindo humano pequeno, filhote, que veio me salvar.

Pegou-me, me acariciou, e me jogou contra um poste de Luz, apaguei.

 

FIM DA PARTE UM

 

Não Precisamos DELES