SUPERTOR4

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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

NOSSAS DESESPERANÇAS AMEAÇADAS





jTorquato (Supertor4)





novembro 2011





Andando e procurando uma lixeira para jogar o copinho descartável do cafezinho que acabara de saborear, pelo calçadão do comércio não avistei nenhum, jóquei o copinho no calçadão, acendo um cigarro e sentei ao sol num banco de madeira novo envelhecido pelo sol clemente.





Ao meu lado senta-se um jovem vestido a moda atual, ou seja, maltrapilho sem elegância, mas devidamente etiquetado pelas marcas famosas. Nas mãos uma revista semanal cuja capa exibia mais um Ministro prestes a cair do trono da corrupção palaciana do Planalto Brasileiro.









Parecia um universitário sedento de saberes atuais, inclusive da política nacional o que muito me espantei. Perguntei seu curso “jornalismo” respondeu, ah, entendi então, pergunte de Orlando Silva, e um senhor ao meu lado respondeu que era uma sonora voz romântica. Esclareci que era de outro Orlando, um dos 40 do Conto Brasiliense Ali Babesco. Pois sim era o Senhor ao meu lado que ignorava o ex-ministro que caiu corruptamente do poder, não foi preso e nem vai ser, não devolveu nossa grana e nem vai devolver, e vai ter prêmios avassaladores como seus antecessores. O Estudante concordou e começou a lengalenga do povo ser merecedor desta governança, pois o voto seria a maneira democrática de colocar ética, responsabilidade, planejamento, empreendedorismo no governo. EU TINHA DE RIR DA SANTA IGENUIDADE do Jornalista futuro, como os atuais, eles eram como todos os formandos profissionais que nada fazem em cima do que aprenderam e só repetem o mestre, sem nunca se aventurar a avançar, e por estes futuros “jornalistas e outros istas mais” ficaremos estacionados. Eu expliquei a sabedoria popular, O Povo já não acredita em mais nada da classe política, e tem mil razões e mais de 500 anos de experiência,sabe que mesmo quem tem boa índole e boa vontade de fazer o certo, se depara com uma força grupal bem maior que lhe atravessa o caminho, uma pedra maior que a de Drumont, e se não se junta ao grupo é isolado e assim nada pode fazer pelo povo que o elegeu, fica atado aos grupelhos corruptos que ri descaradamente da imbecilidade de ser honesto no Brasil. O Povo sabe ainda que os Nomes que aparecerão nas listas do elegíveis, os Candidatos, está bichada, poucos ou nenhum nome merece respeito e esperança, e os que ainda merecem, carecem de grana para bancar seu aparecimento sob a floresta de candidatos corruptos endinheirados que os ensombream. O Povo sabe que quem a ganhar vai fazer o mesmo que os atuais estão fazendo, e o pior, cada dia com mais requinte e crueldade, com cinismo acachapante, com a impunidade em uma mão e a caneta de autorização de verbas para sua C/C, na outra, e se puder ainda manda filmar “Como se rouba o povo na cara dos mesmos”.





Então meu caro futuro jornalista, o povo não tem saída,O VOTO não é mais a saída ou a esperança de democracia honesta, a gota d”água explodiu no lulismo. Então o que fazer? Para a maioria vender o Voto é a ocasião de uma vingança, repare bem no corrupto e no corruptor neste caso. O Povo que se vende, talvez nem vote em quem lhe comprou o voto, mas mesmo que vote, fala mal assim que pode, e se desculpa cinicamente, vou tirar o que posso, é só de 2 em 2 anos, eles passam a vida nos roubando. “VOU VOTAR NELE(a) porque vai me dar 50 reais,o outro nem teve aqui”, e quando um candidato honesto vai lhe pedir o voto, lá vem a fatídica pergunta: “quanto vou ganhar com isso?”E PASMEN só alguns que não necessitam de 50, 500, 5000, 50.000 reais é que pode se dar ao luxo de escolher em quem vai votar e pode bater no peito se dizendo honesto e democrático. MAS VÁ VER EM QUEM VAI VOTAR, isso mesmo no candidato da classe deles, Média Alta ou Rico mesmo, e se possível inserindo o corporativismo, É ENGENHEIRO, foi meu aluno, meu colega, etc.





O senhor se levantou, me deu a mão e disse: “Muito profundo” só.E se foi devagar pelo calçadão.





O Futuro Jornalista, ficou calado por um momento, depois me falou:





- Garanto-vos que não sou dos ficam só com as lições dos mestres, eu investigo, pesquiso, e tento pensar tanto nas causas e suas conseguências, como em uma possível solução prática. Mas hás de convir que o “Lulismo” que você fala tão depreciativamente, foi o melhor período do Brasil em toda sua existência.





Eu estava sem tempo e sem paciência, Um estudante universitário deve ter estudado História para saber das usurpações faraônicas do trabalho e planejamento do um comandante anterior, e muitas vezes da impostoriedade cínica de assinar a obra de outro como se sua fosse.





Não falei na contribuição anterior e posterior a Revolução Militar, como Fernando Collor contribuiu para a capacitação industrial, como outro Fernando o Henrique Cardoso alinhavou planejamentos em cima do alicerce do plano Real, e da Lei de responsabilidade fiscal, e preparou em detalhes o crescimento libertador do Brasil sempre acorrentado pela maldita inflação que chegou a 80% ao mês com Sarney, e não pôs tudo em andamento mais ágil devido as crises externas que ainda abalavam o Brasil criança em liberdade monetária. E que o Lulismo nada mais fez que dar continuação com grosseiras modificações ao plano Cardosista. Valia a pena lembrar que o Bolsa Esmola de agora é criação do banco Mundial, não de FHC, nem de Lula, a adaptação mal feita, ainda deu certo embora com forte caráter eleitoreiro e populista, porque o Plano de Bolsas era bom e tinha finalidades específicas ditadas pelo Banco Mundial.Tem prazo para terminar e tem prazo para continuidade da inclusão social por meios mais humanos que a vergonha da esmola recebida, o da capacitação, aprendizado, e trabalho do povo, aí sim com honra e não com CUIA.





É de desesperar eu não poder mostrar ao futuro jornalista, todo filme da real história que de desenrolou e está a se desenrolar, é difícil fazer acreditar no Foro de São Paulo, das cartilhas Marxistas e do Decálogo Lenilista seguido a risca por movimentos sociais criados para acirrar as ditas minorias, de brasileiros contra brasileiros.





Nos despedimos com tristeza, a minha maior tristeza era não poder compartilhar MINHA DESESPERANÇA na esperança que aquele FUTURO avisado e preparado,contribuísse para um BRASIL MELHOR

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