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segunda-feira, 3 de junho de 2024

HISTÓRIAS PERMANENTE E RECORRENTE

 

Histórias da Terra, do Sistema Solar e a Explosão de Maldek – Petrimmor de Cartress (8)

“Quando nós conseguimos os meios para analisar os caminhos da Terra, mais uma vez, encontramos aqueles da antiga humanidade que sobreviveram as inúmeras calamidades e catástrofes geológicas, somente por causa dos instintos primários da maternidade, sobrevivência e outros traços nobres de amor que foram capazes de prevalecer em meio a loucura e insanidade total.”  – Eu Sou Sycorant de Omuray (a lua Titã) o maior dos planetoides do Radiar Summer, que voces conhecem como o planeta Saturno.

Traduzido do Livro “THROUGH ALIEN EYES – Através de Olhos Alienígenas”,  escrito por Wesley H. Bateman, Telepata da Federação Galáctica, páginas 389 a 436. 

PETRIMMOR DE CARTRESS, PARTE 8:

Após voarmos em círculos cada vez mais largos durante dois dias, avistamos um grande assentamento controlado pelos maldequianos. Nos arredores desta cidade havia vários edifícios. Pousada sobre o gramado de uma destas construções nós vimos uma enorme espaçonave negra e brilhante. Este veículo tinha em seu casco o símbolo da Casa de Comércio de Cre’Ator de Nodia (Um triângulo com um duplo lado esquerdo). Nós aterrissamos o nosso carro aéreo atrás de uma linha de árvores e sozinho eu cautelosamente caminhei uma curta distância até a espaçonave. O lado que dava acesso à entrada da espaçonave estava aberto.

Eu primeiro respirei fundo e então gritei, “Existe alguém ai dentro?”. Um ancião nodiano veio até o portal de acesso da nave e com o seu dedo cruzando os seus lábios fechados, simbolicamente dizendo, “Faça silêncio”, então ele disse: “Se você é o cartressiano que tem voado por ai em um carro aéreo Graciano é melhor você decolar e encontrar algum lugar para se esconder. Os maldequianos colocaram um prêmio sobre sua cabeça e dos seus companheiros. Eles dizem que vocês são procurados por um ataque traiçoeiro e pelo assassinato de quatro de seus soldados krates, duas mulheres da Terra e uma pequena criança”.

Eu respondi, “Como?, Eles também não me acusam de ter estuprado uma mulher em trabalho de parto ?” Ele deu uma gargalhada abafada e disse, “Se ninguém prendê-lo logo, tenho certeza que esta acusação será adicionada a lista dos seus crimes pelos maldequianos”. Ele me sinalizou para que entrasse na espaçonave e assim que o fiz ele fechou a porta do veículo espacial para o mundo exterior.

cinturao_asteroides(restos de Maldek)

A espaçonave nodiana circular em seu ponto mais largo possuía cerca de 110 pés de diâmetro (33,50 metros) com três deques superiores e progressivamente um com diâmetro menor do que o outro. Luzes suaves se acendiam à nossa frente na medida que nós caminhávamos pelo interior da espaçonave e se desligavam após a nossa passagem, deixando as áreas atrás de nós em total escuridão. Nós subimos um pequeno lance de escadas para alcançarmos uma plataforma bem iluminada. Atrás dessa área havia uma sala em formato de lua crescente. Nesta sala estavam sentados em macios sofás vários nodianos.

Um desses nodianos era Rairol. Ele me reconheceu imediatamente como o cartressiano fugitivo. Ele falou rápido de que em breve a espaçonave estaria cheia com maldequianos que estavam vindo para uma reunião com ele para discutir assuntos de interesse de ambas as culturas, de Maldek e de Nodia. Ele me disse que não poderia correr o risco de que eu e meu pessoal fossem localizados pelos espers maldequianos (psíquicos que faziam a varredura psíquica em locais que exigiam segurança para dignitários maldequianos). Ele rapidamente pegou um mapa e fez um círculo em determinado ponto me dizendo para lá encontrá-lo juntamente com Rendowland ao amanhecer do décimo segundo dia a partir do presente. Ele também me avisou de que deveríamos manter o nosso carro aéreo bem escondido até que alcançássemos o local assinalado no mapa. Ele então acrescentou: ”Esteja lá Petrimmor e nós então levaremos você e os seus de volta para o seu planeta natal em Cartress.”

ENCONTRO  COM SHARMARIE E RENDOWLAN EM EVERCASS

Nossa contínua jornada nos conduziu para uma cidade a cerca de sessenta milhas ou quase isso perto do local que Rairol havia marcado com um círculo no mapa. Era nosso plano esconder o nosso carro aéreo e nos misturarmos com as pessoas da cidade. Nós nos vestimos com nossas melhores jóias gracianas para nos disfarçarmos como algum tipo de mercadores ricos. Orbaltreek aterrissou o carro aéreo no limite da cidade e nos deixou lá decolando em seguida para encontrar um lugar seguro para esconder o veículo. Cimiss e Varbreen caminhavam juntas e eu e Dell as seguíamos a distância, mantendo-as à nossa vista.

O nome da cidade era Evercass, a maioria de sua população era de humanos nativos da Terra sendo o segundo maior segmento o de maldequianos. De tempos em tempos nós cruzávamos com algum ser humano de fora da Terra, que estava bem vestido e bem alimentado. Nós também vimos grupos de seres de fora da Terra estranhos, isto é, eles eram de mundos que não eram do sistema solar local da Terra.

As minhas múltiplas perguntas, de como eles chegaram na Terra e quem os trouxera e por que, foram respondidas quando localizamos um par de nodianos vestidos em negros uniformes que estavam acompanhados por um homem muito alto vestido com o mesmo tipo de uniforme mas na cor vermelha vinho escuro. Os meus batimentos cardíacos se aceleraram ao reconhecer um dos nodianos como sendo o meu amigo Rendowlan.

Eu e Dell nos juntamos a Cimiss e Varbreen e aceleramos nosso passo para cruzarmos com eles a fim de sermos reconhecidos pelo nosso velho conhecido nodiano. Nós estávamos a cerca de trinta pés de distância deles quando o homem muito alto girou em seus calcanhares para nos enfrentar já apontando uma arma diretamente para a minha cabeça. Mulheres gritaram e o povo da Terra se jogou ao chão, enquanto Varbreen veio até mim e se pôs ao meu lado fitando  nos olhos o nosso executor. Um largo sorriso surgiu nos lábios de Rendowlan quando ele me chamou dizendo, “Voce pode escolher se juntar a nós para tomarmos alguma bebida ou ficar ai parado e levar um tiro de Sharmarie”. A ameaçadora arma desapareceu como num flash.

Um breve período depois e nosso grupo agora expandido já estava sentado sob a sombra de um dossel em um restaurante ao ar livre conversando sobre amenidades enquanto assistíamos a mudança de cenas na rua à nossa frente. Diante de nossos olhos desfilavam caminhões carregados com produtos agrícolas e outras mercadorias assim como grupo de reltianos e escravos waydianos em seu caminho para o mercado local. Pequenas tropas de soldados maldequianos krates também passavam frente aos nossos olhos. Quando nós percebemos que estes pequenos grupos  de soldados maldequianos estavam se reunindo em um grupo muito maior em um ponto mais afastado da rua, a pistola que poderia ter me mandado para os céus contar estrelas junto com Olbey-Cobex agora descansava abertamente à vista em cima da mesa.

Eu nunca havia visto e conversado com outro marciano sofisticado e educado como Sharmarie a não ser com o zone rex marciano Rancerr Carr. Ele se desculpou sobre ter nos assustado como ele havia feito, mas nos explicou que aquela sua reação era resultado de anos respondendo a possíveis atentados contra  a vida da esposa do seu empregador, Lady Aranella Cre’Ator. Ele explicou que veio à Terra com ela e seu cunhado, Opatel Cre’Ator, que no momento presente estava no palácio de Her-Rood, o maldequiano governador geral da Terra como seu convidado. Sharmarie nos contou que os eventos no palácio de Herr-Rood não eram daquele tipo que ele apreciava, então ele decidiu viajar e pesquisar sobre quem poderia lhe fornecer informações sobre onde encontrar pessoas do seu povo ou lhe dizer como eles foram reunidos e evacuados da Terra e enviados ao planeta Mollara, nas Plêiades.

pleiades
As Plêiades

Eu contei a ele sobre a minha associação com o seu povo na estação Petrimmor e os problemas com os maldequianos e para obtenção de alimentos. Quando eu lhe contei como o seu povo reagiu à chegada do seu zone rex um traço de orgulho brilhou em seus olhos. Ele então me disse que pretendia ir ao planeta Mollara e gastar algum tempo entre os de seu povo assim que ele retornasse com Lady Aranella para planeta natal dela em Nodia. Ele também me disse que iria procurar pelo meu filho Marle, que havia partido com os marcianos para Mollara, falar-lhe de nosso encontro e perceber se ele estava vivendo bem.

A tarde passou e se transformou no anoitecer e Orbaltreek ainda não havia dado nenhum sinal de vida. Ouvindo sobre a nossa preocupação com o nosso companheiro, Rendowlan falou dentro do ouvido do outro nodiano, cujo nome era Shayoler. Ele então se levantou e caminhou em direção dos soldados maldequianos krates ainda vagando pelo local onde eles haviam se reunido mais cedo naquela tarde.  Rendowlan nos disse que os nodianos estavam tentando encorajar os maldequianos para deixá-los ajudar as populações de seres humanos de fora da Terra que emigraram para o planeta depois da destruição de Maldek, de uma forma mais direta e objetiva com fornecimento de ajuda e tecnologia. Ele também me confidenciou que os nodianos estavam grandemente preocupados com o fato dos maldequianos estarem produzindo em massa novos armamentos que eles nunca haviam usado antes.   

AS CONDIÇÕES DO ARMAMENTO NAQUELE MOMENTO.

Eu posso explicar o problema com os armamentos usando como exemplo os marcianos, maldequianos, gracianos e nodianos. Os senhores da guerra marcianos, os bar-rexes sempre tiveram os seus próprios exércitos particulares. De tempos em tempos, estes senhores da guerra entravam em guerra uns contra os outros, com seus exércitos usando armas que hoje poderíamos chamar de primitivas, tais como espadas, arcos e flechas. Eles desenvolveram a arte da guerra até um certo grau além do qual eles consideravam desnecessário ultrapassar.

De outro modo os maldequianos, nunca lutaram entre si. A única razão pela qual eles formaram unidades militares Krates (soldados da elite maldequiana) foi para intimidar os habitantes da Terra. Enfrentando a grande possibilidade de ter que lutar uma guerra com o exército organizado e formado pelos povos de fora da Terra que poderiam ser armados com superior armamento fornecido pelos nodianos, isto provocou nos maldequianos a necessidade de copiar e produzir qualquer tipo de armamento avançado em que eles pudessem por as suas mãos.

Os gracianos, sendo uma raça com capacidade de viagens interestelares, entraram em muitos sistemas solares diferentes onde eles encontraram populações planetárias lutando umas contra as outras com todo tipo de armas avançadas. Os gracianos também encontraram sistemas solares onde guerras interplanetárias estavam acontecendo entre as populações de dois ou mais planetas. Se um mundo fosse importante para eles, os gracianos arriscariam a chance de manter contato sem se importarem o quanto hostis sua população pudesse ser. Eles assim agiram em relação ao meu próprio mundo natal, o planeta Cartress. O nosso desenvolvimento de armas aconteceu durante um período de cincoenta anos de guerras entre diferentes facções no planeta que resultou no estabelecimento de uma economia e governo planetário e assim acabando com o conflito global.

Os gracianos desenvolveram armas defensivas com base na tecnologia do uso do SOM. Eu mesmo experienciei o efeito das armas gracianas de som durante aquele dia em meu planeta Cartress quando eu disparei duas balas contra a sua espaçonave estacionada. Os soldados Krates maldequianos que massacraram todos os gracianos envolvidos com o projeto em Miradol também desenvolveram gosto pelo uso destas armas defensivas pelo uso do SOM. Eu sei agora o quanto os maldequianos se arrependeram quando eles perceberam que haviam matado todos os gracianos que sabiam manejar aquelas armas de SOM.

Os nodianos também viajavam entre sistemas solares diferentes (entre as estrelas) e encontraram guerras acontecendo em um único planeta assim como guerras interplanetárias envolvendo planetas diferentes cujas humanidades lutavam entre si dentro do mesmo sistema solar. Diferentemente dos gracianos, os nodianos tentavam promover a paz entre os povos combatentes. Se as negociações não tivessem sucesso, os nodianos ficaram famosos por “emprestar” o seu poder militar para um lado ou outro dos combatentes e assim acabar com o conflito.

ORBALTREEK CAPTURADO PELOS MALDEQUIANOS

Shayoler retornou para nós com notícias de que Orbaltreek e nosso carro aéreo haviam sido capturados pelos maldequianos, ambos sendo conduzidos para o Palácio do Governador maldequiano na Terra, Herr-Rood. Rendowlan então solicitou silêncio enquanto ele começava uma comunicação telepática. Mais tarde soubemos de Rendouwlan de que ele se comunicou mentalmente com Opatel Cre’Ator, que naquele exato momento estava no Palácio do governador maldequiano. Opatel disse a Rendouwlan de que ele faria todo o possível para manter Orbaltreek vivo e para que ele não fosse torturado. Ele também pediu para que Rendowlan nos dissesse que ele faria um forte esforço para obter a sua libertação.

Cimiss ao ouvir que o seu esposo havia sido capturado se quebrou emocionalmente, e nenhuma palavra de consolo pode acalmá-la. Sharmarie procurou em seu cinto por um pequeno saquinho pendurado de onde a mim pareceu ele ter retirado um pequeno pedaço seco de casca de árvore. Ele apertou as bochechas de Cimiss até que ela abrisse seus lábios, e então colocou um pequeno pedaço da casca na sua língua e quase imediatamente ela caiu em um sono profundo.

Rendowlan novamente enviou uma mensagem telepática para Opatel, e vários minutos depois um carro aéreo nodiano aterrissou na rua diretamente à frente do local onde todos nós estávamos. Dois nodianos fortemente armados saíram do veículo aéreo e permanecerem frontalmente em oposição ao que parecia ser a maior guarnição de soldados krates maldequianos da cidade. Os soldados krates apesar de em maior número, permaneceram parados não esboçando nenhum movimento enquanto o gigante marciano Sharmarie levantava Cimiss com apenas um braço enquanto na sua outra mão livre já segurava sua pistola pronta para ser usada. Nenhuma palavra precisou ser dita por ninguém.

Nós automaticamente levantamos de nossos acentos e rapidamente tomamos nossos lugares no carro aéreo nodiano que nos esperava. Após os soldados nodianos entrarem no veículo, o piloto nodiano fez com que o carro aéreo decolasse e tomasse a direção diretamente e em alta velocidade sobre os soldados krates maldequianos, quase a altura de suas cabeças, apenas um segundo antes de atingi-los ele desviou o veículo. Sharmarie gritou para o piloto, “Faça isso de novo!”, mas foi contrariado pelo comando de Rendowlan, que então instruiu ao piloto que dirigisse o curso do carro aéreo diretamente para o palácio do governador maldequiano.

Eu me lembro de Sharmarie dizendo a Rendowlan em baixo tom, “uma vez um poon (uma espécie de macaco em Nodia) sempre um poon”. O nosso voo até o palácio do governador maldequiano da Terra  foi durante a escuridão da noite e nos pareceu ser breve. Nós voamos circulando ao redor do palácio que estava muito bem iluminado várias vezes até antes que seguíssemos voando mais trinta milhas em direção oeste, o carro aéreo então parou e ficou pairando até que subitamente foi então iluminado por várias luzes fortes projetadas de uma negra espaçonave nodiana muito grande estacionada em uma clareira bem embaixo de nós.

Nós descansamos o resto da noite a bordo da espaçonave quartel general do embaixador nodiano para a Terra, Opatel Cre’Ator. Com pensamentos sobre Orbaltreek em nossas mentes, ninguém realmente conseguiu dormir. No amanhecer fomos visitados por Rendowlan, acompanhado por duas mulheres nodianas que trouxeram consigo uniformes nodianos negros com a insígnia (um Triângulo com o lado esquerdo duplo) da Casa de Comércio nodiana de Cre’Ator para Dell e para mim e finas togas para Varbreen e Cimiss. Rendowlan jogou um terceiro uniforme sobre seus ombros e disse, “Se tivermos sorte, Orbaltreek estará vestindo este uniforme antes que o sol se ponha hoje”. Nós deixamos Cimiss ainda dormindo pesado e, junto com Rendowlan, embarcamos no carro aéreo cheio com homens e mulheres de Nodia para um voo curto até o palácio do governador.

UMA VISITA AO GRANDE PALÁCIO DO GOVERNADOR MALDEQUIANO DA TERRA

O Grande Palácio e suas áreas adjacentes de palácios menores e jardins cobriam mais do que uma milha quadrada (cerca de 1,6 quilômetros). Onde antes deveria ter havido lindos e extensos gramados e jardins que envolviam estes magníficos edifícios,  o espaço agora estava coberto com edifícios gracianos pré-fabricados e milhares de tendas brancas que abrigavam soldados krates maldequianos. Aqui e ali se podia ver carros aéreos gracianos estacionados em grupos assim como reluzentes e novos carros aéreos que pareciam terem sido recentemente fabricados pelos maldequianos. De fato esses carros aéreos novos eram cópias dos carros gracianos que estavam sendo construídos por trabalhadores mecânicos que eram nativos da Terra. Varbreen tinha a certeza de que havia localizado o nosso velho carro aéreo Graciano ente as centenas pelos quais havíamos sobrevoado. Eu nunca duvidei dela.

Nós aterrissamos em um pátio de uma grande área quadrada localizada no centro junto ao Grande Palácio. Os nodianos que estavam conosco se separaram em vários grupos. Cada um destes grupos tinha o seu anfitrião lhes esperando para ciceronea-los. O nosso grupo em particular tinha uma comissão de recepção contendo doze soldados krates maldequianos acompanhados pelo mesmo número de soldados Dartargas de Cre’Ator (soldados da Federação Galáctica). Estes grupos representavam, respectivamente, a guarda pessoal do príncipe maldequiano Sant e a guarda pessoal do embaixador nodiano, Opatel Cre’Ator.

Opatel Cre’Ator abraçou a Rendowlan e apertou os braços de Sharmarie. O gigante marciano então nos deixou e foi localizar Lady Aranella Cre’Ator. Lord Opatel então se dirigiu a cada um dos membros de nosso grupo, nos chamando pelos nossos nomes e imediatamente nos informou que Orbaltreek estava em segurança e sem ferimentos e  que o Príncipe Sant lhe havia assegurado que iria obter a  liberação  de Orbaltreek assim que ele conseguisse uma audiência com o governador.

Opatel nos pediu para que ficássemos junto com ele até a liberação de nosso companheiro e que não ficássemos vagando sozinhos pelas dependências do palácio. Desde aquele momento em diante Varbreen caminhava tão próxima a Opatel Cre’Ator que ela poderia ser confundida com a sombra dele. O palácio maldequiano a assustava profundamente porque estava preenchido com lixo, móveis quebrados e roupas descartadas, enfim era uma bagunça.

Na medida que andávamos pelos corredores, nós encontramos pessoas cambaleando e tropeçando ou deitadas em estado de torpor por intoxicação alcoólica ou pelo uso de drogas. Muitos dos que estavam deitados pelo chão estavam mortos. Ninguém parecia dar a maior importância. De vez em quando a nossa escolta parava e esperava enquanto soldados krates maldequianos removiam um ou mais corpos do caminho de seu Principe Sant.

Nós finalmente alcançamos uma enorme sala que estava magnificamente decorada com pinturas nas paredes e muitas estátuas. Os maldequianos nos deixaram neste momento. Várias horas se passaram até que o Principe Sant retornou até nós para nos informar que o governador estava nos esperando e que todos nós deveríamos nos reunir com ele imediatamente.

Fim da oitava parte. Continua … 


“A exposição à verdade muda a tua vida, ponto final – seja essa verdade uma revelação sobre a honestidade e integridade pessoal ou se for uma revelação divina que reestrutura o teu lugar no Universo. Por esse motivo é que a maioria (a massa ignorante do Pão e Circo) das pessoas foge da verdade, em vez de se aproximar dela”{Caroline Myss}


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terça-feira, 7 de maio de 2024

P O R C Â T ? - parte 01

 

PORCÂT?



byJTorquato/maio/2020.

Não me lembro de ontem, nem sei como vim parar aqui, mas sei que minha mamãe é diferente de mim, ela é grandona, fica ereta em suas duas patas, tem pelos compridos lindos na cabeça, olhos maravilhosos e um coração grande, tem umas cores lindas em seu redor, chamo-a de mamãe linda, porque é, não é todo humano que é lindo assim.

Me dava umas águas ruins para eu beber, e eu tinha certeza que era para meu bem, não faltava carinho e muita comida no depósito para eu comer, era de uma ternura alucinante, eriçava meus pelos quando acariciava minha cabeça e minhas orelhas, eu ronronava baixo e macio, miava e deitava a cabeça em seu colo, dormia...

Um dia, pegaram minha linda mãezinha e colocaram numa caixa, nãonas caixas de brinquedo que mamãe nos dava, mas numa caixa grande, de depois impiedosamente fecharam a caixa com um barulho infernal. Aliás, barulho era a marca daqueles humanos que viviam em torno dela. Pegara a caixa pelos lados e vários humanos masculinos saíram levando minha linda mãezinha, dolorosamente solitária e fechada naquela maldita caixa. Eu fui olhar, e eles colocaram naquele negocio que anda sozinho, tem rodas e faz um barulho dos infernos.

Eu tinha certeza que nunca mais eu ia ver minha linda e terna mãezinha.

Tentei agradar um dos humanos cumprimentando-os, roçando suas patas vestidas com pano. Senti uma forte dor no estômago, fui jogada contra a parede e cai no chão, gritei, chorei, sai correndo apavorada e me escondi debaixo do fogão. Eles me acharam e colocaram-me junto com meus amigos, numa caixa e também fecharam a caixa, sendo esta bem menor que a caixa onde minha mãe estava.

Quando abrimos a caixa para fugir, notamos que já era noite, estávamos com sede e com fome, tinha passado a hora de nossa mãezinha colocar os alimentos nas bacias, e água também, sentimos a falta dela nos chamando para comer. Fazendo caretas e barulhinhos esquisitos e falando macio para nós. Fazia frio, a fome, o frio, a sede, o medo tomou conta de todos nós. Saímos a caçar algo para beliscar, era um lugar esquisito, fedia a lama e a excremento humano, era úmido e descobrimos água para beber, mas era escura e pastosa, mas nossa sede era maior, havia muitas baratas e fizemos a festa.

Nós saímos mais para longe sempre a caçar mais comida, não contávamos que o troço que anda com rodas e barulhento era também nosso inimigo, e numa tacada só, passou por cima de vários de nós, eu fui atingida, mas sai capengando, aí apareceu um lindo humano pequeno, filhote, que veio me salvar.

Pegou-me, me acariciou, e me jogou contra um poste de Luz, apaguei.

 

FIM DA PARTE UM

 

PORCÂT?

byJTorquato/maio/2020.

Não me lembro de ontem, nem sei como vim parar aqui, mas sei que minha mamãe é diferente de mim, ela é grandona, fica ereta em suas duas patas, tem pelos compridos lindos na cabeça, olhos maravilhosos e um coração grande, tem umas cores lindas em seu redor, chamo-a de mamãe linda, porque é, não é todo humano que é lindo assim.

Me dava umas águas ruins para eu beber, e eu tinha certeza que era para meu bem, não faltava carinho e muita comida no depósito para eu comer, era de uma ternura alucinante, eriçava meus pelos quando acariciava minha cabeça e minhas orelhas, eu ronronava baixo e macio, miava e deitava a cabeça em seu colo, dormia...

Um dia, pegaram minha linda mãezinha e colocaram numa caixa, nãonas caixas de brinquedo que mamãe nos dava, mas numa caixa grande, de depois impiedosamente fecharam a caixa com um barulho infernal. Aliás, barulho era a marca daqueles humanos que viviam em torno dela. Pegara a caixa pelos lados e vários humanos masculinos saíram levando minha linda mãezinha, dolorosamente solitária e fechada naquela maldita caixa. Eu fui olhar, e eles colocaram naquele negocio que anda sozinho, tem rodas e faz um barulho dos infernos.

Eu tinha certeza que nunca mais eu ia ver minha linda e terna mãezinha.

Tentei agradar um dos humanos cumprimentando-os, roçando suas patas vestidas com pano. Senti uma forte dor no estômago, fui jogada contra a parede e cai no chão, gritei, chorei, sai correndo apavorada e me escondi debaixo do fogão. Eles me acharam e colocaram-me junto com meus amigos, numa caixa e também fecharam a caixa, sendo esta bem menor que a caixa onde minha mãe estava.

Quando abrimos a caixa para fugir, notamos que já era noite, estávamos com sede e com fome, tinha passado a hora de nossa mãezinha colocar os alimentos nas bacias, e água também, sentimos a falta dela nos chamando para comer. Fazendo caretas e barulhinhos esquisitos e falando macio para nós. Fazia frio, a fome, o frio, a sede, o medo tomou conta de todos nós. Saímos a caçar algo para beliscar, era um lugar esquisito, fedia a lama e a excremento humano, era úmido e descobrimos água para beber, mas era escura e pastosa, mas nossa sede era maior, havia muitas baratas e fizemos a festa.

Nós saímos mais para longe sempre a caçar mais comida, não contávamos que o troço que anda com rodas e barulhento era também nosso inimigo, e numa tacada só, passou por cima de vários de nós, eu fui atingida, mas sai capengando, aí apareceu um lindo humano pequeno, filhote, que veio me salvar.

Pegou-me, me acariciou, e me jogou contra um poste de Luz, apaguei.

 

FIM DA PARTE UM

 

Não Precisamos DELES