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domingo, 16 de setembro de 2007

HISTORIA DO CONJ.JOÃO SAMPAIO I

CONJUNTO JOÃO SAMPAIO I – O MIRANTE DA NATUREZA

Durante a década de oitenta, foi comprada a Usina Utinga Leão, terras que lhe pertencia, esta gleba, a Caixa Econômica Federal, financiou a construção de casas populares junto ao Governo de Alagoas. A Construtora Caxangá construiu setecentas e poucas casas. Foi experimentada a construção em placas de cimento, nova forma de economizar ou minimizar os custos, já que a verba destinada também iria servir a outros propósitos não confessáveis das autoridades de então.
O Planejamento do conjunto que iria ser financiado a classe dos taxistas de Maceió, consistia em pavimentação em paralelepípedos de todas as ruas, e urbanização, várias praças, sendo uma Central com parque infantil e aparelhos de ginástica e musculação.
Houve órgãos do próprio governo como a Casal, que não aprovou o projeto que previa um sistema de coleta de esgotos sanitários em fossas coletivas, e de água servida, junto com o escoamento das águas de superfície (Chuvas etc.) para o Parque municipal, indo claramente poluir o riacho silva e prejudicar a natureza do parque. A Casal se recusou a conservar e manter o sistema de esgotos. Além do mais, conforme estudos da engenharia do órgão, o local não era propício à captação e abastecimento de água potável aos moradores. Seu solo era pobre em lençóis freáticos, havendo muita rocha no subsolo, que era inclusive explorado pela Petrobrás. Outro fator estranho, pois a Gleba toda foi negociada, mas três terrenos em que a Petrobrás explorava o subsolo, não foram incluídos como sendo público, quer dizer, os moradores não teriam direitos sobre este terreno que foi suspeitamente registrado em cartório no nome da Caxangá.
O Conjunto cheio de irregularidades foi entregue em 1992, o então Governador Fernando Collor veio “inaugurar”, preparou-se uma festa com a imprensa presente, e uma casa foi preparada especialmente para que todos registrassem o fabuloso conjunto, a dita casa tinha três quartos, garagem, ficava na esquia e tinha terreno espaçoso, banheiro e cozinha bem equipados, enfim uma maravilha. Só que as restantes das casas eram de placas de cimento, em um só vão contendo uma sala, cozinha e banheiro de 1x2 metros, não havia quartos, nem garagem, o terreno total media 7 por 20 metros, a construção terá 3 de frente por 7 de fundos, construída inclusive de “banda” dentro do terreno, como que para dificultar qualquer melhora. Tinha um muro único entre os vizinhos de ½ metro de altura, que causou problemas futuramente entre os mesmos.
Tinha encanamento e até relógio hidro, mas não havia água, não havia transporte coletivo regular, não havia calçamento, nem urbanização. Os poucos brinquedos de cimento que havia na Praça Central, desapareceram reaparecendo em quintais e jardins logo mais tarde. Como é de se prever, neste esquema corrupto, o conjunto foi entregue sem urbanização, sem pavimentação, sem abastecimento regular de água, sem transporte sério, sem inclusive ligação decente com os demais bairros, era tremendamente penoso tentar visitar os moradores deste conjunto.
Para morar aqui, as famílias tinham que conviver com transporte difícil quase impossível e perigoso de uma Empresa chamada de São Rafael, ônibus decrépitos, velhos, com pneus furando, portas caindo, freios falhando. O Maior problema era distância da educação e da saúde, o outro era a convivência com a escassez de água, comprada em carroças e carrinhos de mão, não havia escolas, postos de saúde, nenhum serviço de segurança, o único lazer era os barracos que vendiam cerveja e as peladas no terreno onde seria a Praça Central.
Nossos parentes, amigos, conhecidos, colegas de escola e trabalho, raramente se arriscavam a vir nos visitar. De carro enfrentava buraqueira, lamaçais, que constantemente quebravam os veículos. De ônibus teriam que perder um horário inteiro esperando a miragem de aparecer aquela lata velha enferrujada. E mesmo que conseguissem, nós não tínhamos como aconchegar e dar um mínimo de conforto as visitas, numa casa de um só vão, onde estavam sofás, camas, estantes, geladeiras, fogão, tv e um monte de caixas e bagulhos que não tinham locais apropriados, o quintal era o escape, vários móveis excedentes estavam lá sob armações de brasilit.
Por volta de 1996 o Sr. André assumiu a Associação de Moradores e deu alguns impulsos ao conjunto, por esta época 90% da antiga população já tinha desistido de morar aqui, havia muitas casas vazias, e outras que a Caixa tentava empurrar aos incautos, que foram abandonadas pelos donos primeiros. O Presidente tentou melhorar a situação, ocupando o Centro Comunitário, vazio e esfacelado, com serviços religiosos, conseguiu que a Semed se interessasse em colocar uma escola municipal no vão central, conseguiu trazer a PM?BOX da PM/AL para uma das salas externas (onde é hoje a Liga de Esportes) e conseguiu que a Secretaria de Saúde colocasse um posto nas outras salas (Onde hoje é a sede da Amajosa). Tendo mais planos conseguiu que a prefeitura fizesse uma planta da Praça Central, trocar a Empresa São Rafael pela Cidade Sorriso e colocou a Empresa São Francisco, unto com os moradores, dispôs de uma verba que depois de votação entre os mesmos, ficou resolvido e foi construído uma Caixa D’água e um poço na Praça Central (Ao lado da atual igreja), O Problema de abastecimento de água não foi resolvido desta maneira, o poço se revelou insuficiente como a Casal já previa, e as grandes fossas centrais ainda contaminaram a água já pouca deste poço. Começou a pavimentação do corredor de transporte que não passou da Padaria Santa Terezinha em frente ao terminal rodoviário. Foi nesta época também que o terminal foi construído.
Mas a maioria dos problemas do conjunto continuava e se agravava, o principal era a água. Em 1998 por este motivo, pelo menos foi o alegado pelo alto comando, foi retirado o PM/BOX, seguidamente não havia aulas, Moradores lotavam o terminal rodoviário nos fins de semana com trouxas de panelas e roupas sujas, para serem lavados em casas de parentes, água mineral era consumida para fazer almoço e no café, até para lavar o rosto pela manhã. Carroças com tonéis vendiam água impura e cara, todos moradores tinham bombas de água, para puxar a água do encanamento central quando em alguma madrugada um fio de água aparecia. Todos punham a boca na mangueira para “puxar” a água, motores eram ligados, mas dificilmente vinha alguma gota, mesmo porque os moradores mais abastados usavam Bomba de Sucção não deixando nada para os demais. Todos tinham cisternas que vivia vazia.
No final de 1999, o Presidente da Comissão de Moradores, José Torquato, fez uma tremenda campanha, logo depois de um ridículo episódio em que um carro de som anunciava que a Prefeita Kátia Born ia fazer jorrar água no João Sampaio I, a tarde e até altas horas da noite, colocaram instrumentos na Praça Central, no outro dia, vendo a inoperância dos aparelhos, foram retirados na calada da madrugada, e a Prefeita nem apareceu. O Sr. Torquato iniciou então um entendimento com a Casal, junto com o Vice Presidente Capitão Santos, numa parceria em que a Casal contava da impossibilidade de colocar água regularmente pelo plano de resgate do Riacho Silva junto com uma estação elevatória, dispôs para o Sr. Torquato e o Capitão Santos outra alternativa mais “caseira” quem seria a escavação de outro poço na comunidade de Monte Alegre, pois só lá existia um lençol freático muito bom e que já tinha um poço em funcionamento, mas este poço não tinha capacidade de abastecer o Conjunto por este estar muito alto e ser o final da distribuição. Mas teria que ter o empenho da Associação para convencer o Governo Estadual liberar verbas para os equipamentos deste poço. Depois que uma construtora se dispôs a derrubar o poço recém aberto, de faltar tubos para completar a distribuição e de inúmeros outros problemas, a água chegou normal e finalmente a este conjunto em finais de Novembro de 1999. Faltava ainda a Associação lutar pela anistia de 10 anos de contas cobradas pela Casal. Foi outra luta que requereu abaixo assinado e Ministério Público Estadual, no final com a determinação da própria Casal, todos iriam ser anistiados, passando a pagar só pela água que realmente consumia a partir de então. Mas, na audiência com o Juiz, uma carta apareceu, de uma moradora, denunciando que não pagavam a conta em atraso porque não queriam, que havia água e que a mesma era consumida e outras alegações estúpidas e inverídicas. O Plano de anistia total foi por água a baixo, tentando salvar alguma coisa o Presidente Torquato apelou para o bom senso dos técnicos da Casal presentes na audiência, e eles comprovaram que realmente grande parte do conjunto não tinha abastecimento, uma parte tinha muito precário e outra pequeníssima parte tinha água que vinha da Jaqueira, aí foi elaborado um plano de Parcelamento do valor total para esta pequena parte, desconto de metade com parcelamento do restante para a parte que tinha abastecimento precário, e anistia total para grande maioria.
Depois de regularizar o problema do abastecimento de água, era necessário ver o problema do Posto de saúde que ainda funcionava onde hoje é a Amajosa, a Construção do novo posto estava quase terminada, mas não se conseguia terminar nem inaugurar por falta de equipamentos e verbas para conclusão, por outro lado, o Futuro Presidente e Presidente da Comissão dos Moradores, José Torquato, já tinha obtido da Prefeitura Municipal de Maceió, através da Prefeita Kátia Born, a promessa que estava sendo cumprida da construção do corredor de transporte do Conjunto. A briga para que o novo Posto de Saúde funcionasse foi ganha e este foi inaugurado em princípios do mês de Novembro de 1999. Nesta época o Conjunto estava se transformando em um canteiro de Obras. A Associação construía um PM /BOX junto da Associação, onde hoje é a praça dos estudantes, a igreja fazia sua Construção final, a terceira parte. O Posto estava sendo terminado, e o corredor de transporte estava sendo pavimentado.
No dia 10 de Dezembro foi eleito por unanimidade Presidente da Associação o Sr. José Torquato, e como vice o Sr. José dos Santos o Capitão Santos, que já era a chapa da Comissão dos Moradores. Em Janeiro de 2000 inicia uma tremenda história de lutas, idas e vindas, para construção de Uma Escola Pública Municipal e um Campo de Futebol Telado.
Nesta historio teve lances históricos, como a concentração de estudantes, pais e responsáveis, dentro da Secretaria Municipal de Educação, que tinham sido transportados em vários ônibus normais da linha João Sampaio/Trapiche, enquanto o Presidente Torquato ficava com a Rádio Gazeta que fazia um programa inteiro naquela manhã de protestos, diretamente da Sede da Associação, O Jornal, A Tribuna, O Jornal Gazeta, a Rádio Gazeta AM, TV Gazeta, TV Pajuçara, TV Alagoas e outros órgãos da imprensa, descia junto com os manifestantes. Junto ia o Presidente do Conselho Sr. T. Guimarães, alguns Diretores da Associação, moradores. Todos alunos da escola, seus pais, professores, diretores. Foi uma manifestação de grande impacto. Neste dia a Secretaria que tinha dado declarações a imprensa que não ia construir a Escola do João Sampaio I, voltou atrás e mandou convocar o Sr. Torquato para que fosse dada a partida nas documentações e que o mesmo acompanharia todo processo. A Escola finalmente, ia ser construída. Mesmo daí em avante a história teve outros lances: Foi planejada uma escola com 2 andares, completa e moderna, que seria construída no terreno vazio onde hoje é o campo de futebol socyte. Qual a nossa surpresa ao ser notificado pelo cartório de registro que não nos poderia liberar uma certidão para Brasília porque o terreno tinha dono. A Caxangá. Não podíamos construir ali. Diante deste impasse, logo outras entidades puseram terrenos livres para dita construção, o mais provável seria no Jardim Petrópolis II, Nesta altura o Presidente Torquato reuniu a comunidade escolar, e os interessados, para trocar de terreno. O Conjunto só tinha um terreno idealizado em nome da comunidade: O TERRENO DA PRAÇA CENTRAL, agora ocupado por um campo de futebol com traves e postes de iluminação, além de trabalhos de aterro e nivelamento, a Igreja Católica pretendia construir mais alguma coisa no terreno adjacente a Igreja em construção. O Próprio Torquato tinha fechado um acordo com a SMTT, Secretaria de Transito, para ampliar a Rodoviária que passaria a receber ônibus de outras localidades transformando-se em terminal de transbordo. Por outro lado a vizinhança do terreno vago onde seria a escola não olhava com bons olhos um campo de futebol naquela área. Formou0-se um impasse que Torquato tinha de contornar porque a Escola será construída em outra localidade ou a verba retornaria para Brasília conforme a Secretária Ana Deyse. Nossa região precisava de uma Escola de verdade., e Torquato reuniu a Liga de Esportes, os Líderes da Igreja, o Conselheiro dos moradores vizinhos ao terreno, representante da Secretaria de Educação do Município, e chegou-se a uma conclusão: Trocaria o terreno e se construiria um campo de futebol com cerca (Tela) para não incomodar a vizinhança, era um sonho antigo da Liga de Esportes, se daria 10 metros de terreno para igreja e sete metros para o SMTT, Torquato se encarregaria de trazer as plantas das fossas coletivas e Pvs da casal no terreno da praça Central para que fosse calculado outra planta para construção da futura escola. Pois o terreno para onde ia o Campo de Futebol não teria que comprovar nada em registro, já que a verba era própria, da Secretaria. Mas a Escola teria de comprovar terreno livre pois a verba era federal.
A Escola foi construída, terminada, mas não foi pintada nem entregue.
O Campo de Futebol, depois de muita luta, faltando o muro de sustentação do alambrado, pois se o fizesse passaria da quota de verba de não concorrência, foi finalmente construído, Torquato exigiu que só usasse o Campo quando melhorasse a altura do alambrado e quando se fizesse um vestiário com banheiro, coisa que deixou por conta da Liga de Esportes que tem clubes como sócio e poderia arcar com os detalhes finais.
Torquato voltou sua atenção para Escola, já teria início novo ano letivo e o prazo se esgotara, a Escola estava atrasada, e as obras, paradas. A Nova Secretaria disse que faltara verbas, que o orçamento foi estourado, mas que em janeiro ia terminar a pintura, chegou março e nada. Torquato então entrou na Justiça, e por outro lado movimentou a imprensa. Já tinha havido tumulto na desorganizada matrícula no final do ano anterior, em que até o Presidente Torquato sofreu ameaças e pancadas. Finalmente foi terminada a Escola mas a Nova Secretaria queria inaugurar sem moveis e equipamentos. Torquato ameaçou com a imprensa na hora da inauguração. Os móveis apareceram 10 minutos antes de inaugurar. Torquato foi proibido de subir ao palanque das autoridades. O Vice Prefeito estranhando a atitude da Secretaria, levou o Presidente para desencerrar a placa comemorativa. A Escola finalmente estava entregue a nossa comunidade. Tínhamos agora um dos prédios mais bonitos e atuais do município.
Já Tínhamos água normal nas torneiras, corredor de transporte, posto de saúde, escola, e um campo de futebol telado. Faltava a pavimentação da pista de acesso, um PM/BOX que o Governador prometeu terminar e não cumpriu. A Pavimentação do resto do corredor de transporte, a pavimentação das quadras 27,29 e 34, a Igreja não deixara que o terminal fosse ampliado, avançou mais sete metros e espremeu a construção da Escola. O Conjunto não tinha segurança, lazer, apesar do Campo, Torquato queria um parque esportivo e de lazer no único terreno restante. Uma compensação pela perda da Praça Central. Pelas crianças e jovens, pelos deficientes físicos, pelo esporte.
A Luta seguinte foi o Asfalto da Pista de acesso ao nosso conjunto, a Pista Macro/Jaqueira, foi outro capítulo de lutas, traições, abnegações de muitos líderes da região. Juntou-se as Lideranças da Jaqueira com Geno, do Jardim Petrópolis II com Elias Gordo, do Jardim Glória com Necí, do Alto da Boa Vista com o finado Severino, do Monte Alegre com Samuel, outros líderes como Luiz Carlos da Adefal, Sargento Eraldo também ajudaram, houve lutas e busca de Veículos como tratores e afins, em outras localidades para onde a Prefeitura tinha deslocado, mudança de traçado de uma via para duas vias, alongamento em frente aos armazéns de açúcar, retorno em frente ao Macro e por fim um presente: O Primeiro semáforo solar do Nordeste e o 2º do Brasil. Houve uma grande inauguração, onde os políticos presentes, cada qual se dizia dono e construtor da estrada, os líderes se retiraram em protesto. Torquato foi chamado ao palanque pelo vice-prefeito Sexta Feira (Outra vez ele) que tentou remediar a situação dizendo ao público presente da luta dos líderes comunitários. Assim eu os representei, embora não falasse naquele momento, muitos dos presentes sabiam da verdade, não me importava com os políticos e suas falsas palavras, importava que o acesso a nossa região era lindo e estava pronto e entregue.
Teve muita coisa implantada que não foi adiante, a feirinha semanal, a rádio comunitária Alternativa FM, O Jornal mensal Alternativa Comunitária, a biblioteca comunitária, os programas musicais de um conjunto regional tocando serenatas, num barzinho íntimo as sextas no Centro Comunitário, A Limpeza Comunitária do conjunto, O Fundo de assistência para moradores que não tinham condições de fazer sua própria fossa, Os grandes cursos profissionalizantes, as distribuições de cestas básicas e de leite para a população carente. Mas o pior foi a ladainha do PM/BOX e a segurança em si, primeiramente Torquato tentou fazer um PM/BOX ao lado da Associação, a prefeitura entrou com alguns sacos de cimento e tijolos, as Empresas Comercial Gerdau (ferros) e Pedreira Monteiro (Pedras), Tibério e o Mercadinho Primor com tijolos e cimento, a Polícia Militar com o projeto e a mão de obra para construção. A Própria PM refez inúmeras vezes o projeto sempre aumentando a estrutura do edifício, chegando o momento que nós não tínhamos como bancar o resto da Construção que parou. Na inauguração da regularização da água, o Sr. Governador Ronaldo Lessa se interessou pelo projeto e falou para o Sr. Torquato que ao se preocupasse mais com o PM/BOX, que agora era obra do Estado. Enquanto isso Torquato regularizava os Vigilantes noturnos, cadastrando-os junto aos órgãos competentes, embora trabalhassem autônomos, a Associação não queria estranhos neste serviço, com o cadastro e uma farda e uma carteira de identificação, o morador podia contratar sem receio os serviços de vigia noturno destes elementos. Enquanto Torquato lutava na Semed pela construção do Campo de Futebol e o término da Construção da Escola, e já tendo acertado todos detalhes, entregou a tarefa de acompanhar a transferência do Campo para Ednaldo que se tornara presidente da Liga, e para Tibério Guimarães Conselheiro da Associação. Assim o campo ficou pronto, depois fizeram o vestiário e aumentaram a rede do alambrado, e inauguraram o Campo sem a presença de Torquato, de Ana Deyse, os personagens principais, para que o campo telado e com terreno da comunidade (embora registrado ainda no nome da Caxangá) servindo ao esporte da comunidade, existisse. Enquanto o Campo e a Escola ficavam prontas, a promessa do governador de Alagoas parecia mais outra promessa de político, Torquato andava, tomava chá de espera, e perdiam processos e mais processos, recomeçavam outros processos e o PM / BOX não terminava. Foi então que aconteceu uma onda de assaltos e violência no conjunto.
Torquato distribuiu circulares, fez chamadas em carros de som, convidando toda população para uma Assembléia para discutir o problema que era agora o mais urgente: Segurança. Nas Assembléias que ocorreram (Doze assembléias, sendo quatro muito concorridas) Ficou definido com a presença das autoridades policiais do Estado, que o PM/BOX seria na praça de entrada do conjunto, que teria uma guarnição de três elementos policiais nos turnos diurnos e noturnos, que a população iria ajudar na construção com mão de obra e donativos e que os comerciantes também entrariam cada qual com trinta reais para os materiais, O Então Vereador Gerônimo Cerqueira da Adefal deixou um cheque para os materiais iniciais. Mas de todos que se prontificaram a ajudar, só o SR. Cosme esteve presente até o fim, o Sr. Índio deixou a construção nos alicerces e ficou impossibilitado de continuar, Os comerciantes sem exceção colaboraram com sua parte no acordo, mas ficou um tremendo défict no que concerne a mão de obra que teve de ser contratada. E de Materiais mal calculados. Parte deste decifit o Sr. Torquato assumiu, outra parte só foi liquidada em 2006, quando do recebimento de uma indenização da Semed. O PM/BOX ficou pronto e foi inaugurado com festa com a presença dos Comandantes de Batalhões e do Comandante Geral da PM, a Comunidade ficou de doar duas motos e dois celulares, só os celulares foram arrumados pelo Sr. Torquato, as motos não vieram. Dias depois o Sr. Torquato era assaltado em sua residência e no PM/BOX só estava um policial que nada pode fazer.
Seis meses depois, Um assalto a um Banco Particular na Chã da Jaqueira tirou o efetivo do PM/BOX para nunca mais retornar.
Enquanto isso a velha construção, objeto da promessa não cumprida do Governo de Alagoas, era demolido, Torquato fez no seu lugar uma Praça dedicada aos Estudantes da Comunidade. O Novo PM/BOX estava desativado, depois de tantas lutas era de fazer chorar todas as vezes que eu passava frente ao mesmo na pracinha cheia de matos, tudo num completo abondono.
Em diversos front a luta continuava, Torquato não queria desistir do parque de Esportes e Lazer, do Calçamento do resto do corredor de transporte, das duas linhas de ônibus, ligando Jacintinho, Barro Duro, Feitoza, Benedito Bentes e Vergel ao Conjunto, da recuperação do sistema de segurança, da volta da Emissora FM, da recuperação e revitalização do terminal rodoviário, Pela construção do primeiro andar na Escola João Sampaio I, pela construção de uma quadra de esportes na Escola João Sampaio I, pela recuperação de todo prédio a Amajosa, pela recuperação das pracinhas do conjunto, pela pavimentação do corredor de transporte do Jardim Glória, e finalmente pela pavimentação de todo Conjunto João Sampaio I. Sempre pontuando as festas para comemorar o aniversário do conjunto, erradamente colocado para o dia 21 de abril, quando a data certa está na placa em frente a casa que serviu de modelo para o Governador Fernando Collor inaugurar o conjunto, mas sem o dia correto. Teve festa de 10, 11, 13 e 14 anos do Joãozinho (Símbolo do conjunto) também primou pelas festas juninas levando-a para o terreno que tanto sonhou em transformar num parque.
Analisando a situação, O Ex-Presidente da Associação observa que durante a gestão do atual Prefeito de Maceió, Cícero Almeida, e apesar de ter um irmão morando no conjunto, foi onde encontrou maior resistência para trazer benefícios a população da região, Salvo algumas alterações no transporte quando se conseguiu por para fora a Viação Cidade Sorriso e trazer a Viação Veleiro, o alongamento da linha Parque Municipal, e a colocação de pó de pedra na Av. Denilma Bulhões no lugar de pavimentação. Só em 2007 o Prefeito fez alguma coisa, começou a pavimentar a rua onde mora o irmão, que não sendo corredor de transporte, causou estranheza. Inúmeras pessoas ficaram contra o posicionamento de Torquato por não saber da história toda. Mas em meados de 2005, junho precisamente, Torquato conseguiu junto ao SMTT, detentor por lei, do poder de fazer corredores de transporte e terminais rodoviários, por isso o desconto de 3% nas passagens coletivas para esta finalidade, O projeto e a promessa de terminarem a construção da pavimentação do corredor de transporte do João Sampaio I, era um “L” com manos de 500 metros, que ia da pracinha do PM/BOX entrada do conjunto, passando pelo Posto de Saúde até a pracinha do trenzinho, dobrando a direita até o Mercadinho Primor. Esta planta foi colocada na Rodoviária com muito entusiasmo, nos jornais da Associação que ali eram pregados contando das lutas e prestando contas dos movimentos da Associação. Mas aconteceu a mesma coisa do extinto PM/BOX, foi só promessa, logo logo o novo governo municipal, retirou a verba e a autoridade do SMTT em construir terminais e corredores de transportes, passou para Somurb, Passou o ano de 2006 todo, toda semana, três a quatro dias de cada semana, Torquato estava na Somurb atrás do processo, correu para imprensa, trouxe jornais, emissoras de rádio e Televisão, interditou a passagem de veículos, colocou faixas e placas cobrando a pavimentação e o Sr. Prefeito nem aí., No terminal rodoviário um dos compartimentos estava sendo utilizado por marginais e se deteriorando, Torquato agiu da mesma maneira e o Sr. Prefeito nem se moveu. Ofícios e mais ofícios foram mandados para Prefeitura, Somurb e SMTT, nada foi adiantado. No começo de 2007, 38 líderes comunitários se uniram para lutar lutas como a que Torquato estava enfrentando, qual a surpresa de Torquato ao Saber que não era mais a Somurb a encaregada dos corredores de transportes e rodoviárias e sim a Infra Estrutura Municipal. Em lá estando, foi recebido com um duro golpe, Clima Bom iria ter 98% de pavimentação, Rosene Collor 100%, e o João Sampaio só o Denilma Bulhões em direção ao Luiz Pedro I, interrogado o Superintendente mandou chamar o Sr. Domingos, irmão do Prefeito e que mora no João Sampaio I, que trabalhava lá neste instante. O Dito senhor desceu e foi logo na bronca, dizendo que este projeto era dele e não admitia pai de criança, que o pedaço retirado do corredor de transporte, seria reposto sim mas, na rua dele. Que é que se faz numa hora destas? Só perguntei calmamente: Rapaz se lembra das inúmeras vezes que me encontravas lá na somurb? E que me comentavas: estás na luta né?, lembra? Ele acenou, então eu disse, já que lá trabalhavas, já que és irmão do Prefeito e que moras lá no conjunto e não perguntaste para não te envolveres em problemas, te repondo agora: Eu estava batalhando por este corredor de transporte, mas não sou pai de criança nenhuma, o corredor é direito da comunidade, e se for feito, seja por quem for e como for, não é importante, importante é que esteja servindo a população, a nós. Isso repercutiu aqui no conjunto como se eu tivesse dito que não queria que a rua lá não fosse pavimentada. Lembro que em determinado momento de lazer, no Bar do Bigode eu disse, não importa desde que seja feito, ele quer construir pavimentação na sua rua? Muito bem, lá não é corredor de transporte não é isso? Então abre-se um precedente maravilhoso para pleitearmos na justiça a pavimentação do resto do conjunto. Foi uma bomba. O Prefeito esteve aqui para explicar porque iria pavimentar aquela artéria, explicou satisfez aos moradores de lá não aos moradores do conjunto, mas disse que iria fazer o corredor completo, menos mal. O que me causou espécie foi o silêncio que meus amigos e companheiros trataram a vinda do Prefeito, não me comunicaram, talvez por medo, talvez haja outros sentimentos mais mesquinhos,o tempo dirá. O Certo é que a história do conjunto João Sampaio I se fez com antes e depois da Nova Associação, chamada deste 1999 de Amajosa. E a história continua, conosco a fazendo a cada dia, a cada minuto. E quem fizer pelo bem da coletividade pode passar por ruim e suspeito hoje, mas a história om julgará, como julgará os aproveitadores, traidores que só pensam no venha a nós, no poder de reconhecimento, e no poder pelo poder. Ninguém engana o povo o tempo todo, pode enganá-los por algum tempo. A Verdade deixo para os que fizerem o resto desta História.

José Torquato de Barros Filho.
Em 15 de setembro de 2007.
Planalto do Tabuleiro, Conjunto João Sampaio I
Mirando a Lagoa Mundaú, o Parque Municipal e a Cidade de Maceió.